terça-feira, 17 de maio de 2011

A história dos conflitos causados por uma garrafa de Coca-Cola

O filme começa no deserto do Kalahari, em Botswana, junto à África do Sul, numa paisagem quase desértica, coberta por uma vegetação arbórea esparsa, mostrando uma cena da vida cotidiana de um grupo de bosquímanos que decorre calmamente.
Sobrevoando esse local, um avião, de onde o seu piloto lança uma garrafa de Coca- Cola - daquelas de vidro.
Por perto, brinca um grupo de crianças. Com a curiosidade delas, vão rapidamente, ao local, para ver o que era. Logo, a garrafa faz as delícias das crianças e dos adultos: apreciam-na, viram-na, reviram-na, lhe inventam múltiplas e variadas utilidades para o seu uso, e se divertem com a sua presença. No entanto, passado algum tempo, esta simples e inofensiva garrafa de Coca-Cola começa a ser disputada e a tornar-se o motivo de brigas no grupo sérias, despertando sentimentos de posse e invejas.
É, nesta hora, que entra em ação o chefe da tribo, homem sábio e diligente, movido por um genuíno interesse em resolver a discórdia criada pela introdução desse objeto estranho, meio natural/meio artificial, na vida sossegada desse grupo. Porque motivo teria sido este objeto lançado dos "céus"? Porventura, teria sido um ato não intencionado, um descuido por parte dos "deuses"! Só assim seria possível entender este fato inesperado. Haveria, pois, que tomar uma resolução que pusesse termo às discórdias e conflitos suscitados por esse mal-avindo objeto ou "Coisa má", como o designavam.
Num rasgo de intuição, o chefe decide ir, pessoalmente, entregar o objeto da discórdia aos "deuses" supremos - de onde com toda a certeza viera não se sabe por que, nem como - mesmo que para isso tenha que atravessar o deserto e arriscar a própria vida. Está, pois, tomada à decisão e criada o argumento que irá sustentar a ação do filme.
O filme narra, então, a epopéia dessa longa e conturbada viagem do chefe bosquímano, repleta de encontros com novas e inesperadas situações, que este procura entender à sua maneira, com os seus próprios "olhos culturais". Assim, fica muito surpreendido quando encontra seres de pele muito clara e, inclusive, acha assustadora e desprovida de interesse, uma mulher loira e despida. Diverte-se também imenso ao contatar com as modernas tecnologias da Sociedade Ocidental e atribuem-lhes poderes mágicos. A trama vai-se desdobrando na sucessão de um sem número de "novas" e hilariantes situações que este chefe enfrenta sempre com um sorriso e cândida expressão no rosto.
No final de um conjunto de peripécias, o filme termina como não poderia deixar de ser, com um final feliz. O chefe bosquímano alcança, por fim, o lugar aonde vivem os "deuses": o topo de uma montanha, do alto da qual se avista um imenso manto, fino e branco, de nuvens, a perder-se no horizonte, num cenário verdadeiramente singular.
Tem, finalmente, a oportunidade de lançar para bem longe o objeto da discórdia. Satisfeito por ter cumprido o seu objetivo, pode agora regressar, convencido que a vida do seu grupo irá voltar à tranquilidade do que era antes. Na convicção da sua limitada percepção, acredita que tudo se resolveu. Não lhe ocorre que como essa simples e pequena garrafa de vidro existe tantos outros objetos oriundos de uma civilização que vive ali mesmo às portas do deserto do Kalahari, cuja influência na vida desse grupo irá certamente continuar a fazer-se sentir, a um ritmo cada vez maior.

Aluno:Vinícius Rafael Martins

8 ano-a

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